O primeiro vôo do Correio Aéreo Nacional (CAN)
Foi em 12 de junho de 1931, os tenentes Casemiro Montenegro Filho e Nelson Freire Lavanère-Wanderley da Aviação do Exército fazem, em um biplan o Curtiss Fledgling J-2, o primeiro vôo do Correio Aéreo Militar.
Decolando do Campo dos Affonsos no Rio de Janeiro com destino ao Campo de Marte na cidade de São Paulo, um vôo que nos dias de hoje leva em torno de 1 hora.
Aventura
Para os dois precursores pilotos foi uma aventura de quase 5 horas e meia. Levavam uma mala contendo apenas duas cartas. Duas correpondências que deveriam chegar a seu destino. Iniciava assim o Correio Aéreo Militar.
A bordo do Curtiss Fledgling os dois militares enfrentaram problemas meteorológicos. Durante a viagem um forte vento aumentou em duas horas a chegada até São Paulo. Já era noite quando começaram a sobrevoar a cidade destino e então mais um desafio: localizar o Campo de Marte. Como não conseguiram localizar o aeródromo resolveram aterrisar no Jockey Club da Móoca, e então tomar um taxi até a estação central dos correios, onde a missão seria cumprida.
O retorno
Três dias depois, os dois Tenentes retornaram para o Rio de Janeiro, em uma viagem muito mais tranquila de apenas 3 horas com novas correspondências.
O retorno foi feito seguindo a rota do vale do rio Paraíba até à altura da cidade de Resende, e daí infletindo para o Rio. Diferentemente da ida para SP, que passaram em rota direta que ultrapassava as montanhas do litoral. Com essa ligação estava iniciado o que hoje é o CAN – Correio Aéreo Nacional.
O Curtiss Fledgling prefixo K263
O Curtiss Fledgling prefixo K263, foi esse herói. Hoje descansa tranquilamente em um dos hangares do Musal, curiosamente onde era a base aérea do Campo dos Afonsos, o local de partida da mais importante de suas missões.
Curtiss Frankenstein
O Curtiss Frankenstein, apelido carinhoso que pilotos o deram. É um biplano norte-americano, desenvolvido nos anos de 1920. Com fuselagem de metal e tela possui um motor Curtiss-Wright J-6-7 Whirlwind R-760 de 240 hp,radial de 6 cilindros.
Autor:
Angelo Avila – Fotógrafo